domingo, 4 de setembro de 2011

E que o diabo me carregue

Noite passada eu sonhei com zumbis
Essa noite sonhei com uma mulher estranha
juro que me era familiar, mas ao acordar já não a reconhecia
Ela me tomava nos braços, fazia tudo errado
e eu querendo aproveitar aquela sensação de que já ia me esquecendo depois de tantos anos de solidão
fui-me abandonando a própria sorte
Já não sei das coisas que preciso
me acostumei com a secura do ar e essas nuvens que quase não se mexem
Às vezes tenho medo do que será de mim
quando perceber que tudo secou
e quando sentir falta da chuva
O que será de mim quando todos os sons se emudecerem

Vou acender uma vela, pintar um quadro e rezar para que o chão me engula

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